Motivos profissionais levaram-me à 2 anos a passar muito tempo no Terreiro do Paço e a conhecer recantos daquele espaço que habitualmente não são acessíveis ao público.
Apesar da sua beleza, que é inquestionável, de cada vez que ali passo recordo o cardume de Taínhas (e são milhares) que se alimentam na saída Caneiro da Rua Augusta (que chega ao Tejo mesmo por baixo do Cais das Colunas) e das Gaivotas que com eles disputam as sobras, das baratas e dessa praga lisboeta que são os pombos.
Tirando isso, quase que conheci de perto cada pedra do Muro das Namoradeiras, incluído a antiga fundação que era mais para dentro da praça do que é actualmente. Estive no telhado de um dos torreões e cheguei a fotografar a estátua de D. José a um sábado com a praça toda só para mim.
Se fosse hoje tinha registado tudo em caderno em vez de folhas soltas que foram esquecidas e deitadas fora, às quais nunca dei muito valor… até Agosto do ano passado quando vi uma entrevista a este Senhor e o entusiasmo com que falava dos seus diários.
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