segunda-feira, 22 de junho de 2015

La Muchacha de espaldas e o Plasmodium...



Dores no corpo e garganta, mal-estar geral, “alguma” febre, mesmo com a garganta a destoar ao fim de dois dias em Angola é sinonimo de ida á clinica, por isso nada melhor para fazer num sábado do que percorrer metade da ilha de Luanda a ver os outros na praia e ir fazer uma análise à Malária.
Já depois das 1001 burocracias da praxe sentei-me na sala, à espera de ser consultado. A um canto uma reprodução de uma obra do Salvador Dali, a única naquela sala e se calhar no hospital todo.
 Uma figura feminina de costas a olhar a paisagem, onde o pormenor do cabelo era dominante e soberbo, fiquei longos minutos a olhar aqueles três canudos de cabelo negro a cair pelas costas reflectindo a luz do sol. Lembrei-me dos complexos “relógios derretidos” surrealistas em comparação com aquela simplicidade.
Tirei o caderno e tentei rabiscar os canudos de cabelo que continuavam a fascinar-me, depois a figura da mulher/menina, já depois de visto pelo médico e de ir para outra sala tirar sangue, de memória acrescentei resto do casario, os montes ao longe e a cor.
Em casa pesquisei, a obra chama-se “muchacha de espaldas”… e eu tentei… cheio de “liberdades” tentei rabiscar um Mestre…  ele que me desculpe…
Plasmodium falciparum (Malária) – Negativo, é só uma amigdalite.

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